Mortes causadas pela poluição do ar
aumentam 14% em
10 anos, aponta
ministério da Saúde
Um estudo do Ministério da Saúde
aponta que o número de mortes classificadas como decorrentes da poluição do ar
aumentaram 14% em dez anos. Foram 38.782 em 2006 para 44.228 mortes em 2016, de
acordo com o estudo "Saúde Brasil 2018", divulgado nesta semana em
que é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente.
O estudo considera as mortes
classificadas dentro da categoria "Doenças Crônicas não Transmissíveis
(DCNT)", com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). A
maior incidência de casos está relacionado aos grandes centros urbanos e a estados
castigados pelas queimadas.
"Somente em 2018, o custo
com internações devido a problemas respiratórios ultrapassou R$ 1,3 bilhão.
Estimamos que, entre 2008 e 2019, esse gasto chegue a R$ 14 bilhões” - ministro
da Saúde, Luis Henrique Mandetta
Metodologia
De acordo com o Saúde Brasil
2018, o cálculo de mortes ligados à poluição atmosférica seguiu a metodologia e
dados do "Global Burden of Disease", que considera vários fatores
como magnitude da mortalidade, quantidade de anos de vida potencialmente
perdidos, fração de doenças cerebrovasculares, doença isquêmica do coração,
doença pulmonar obstrutiva crônica e câncer de pulmão.
Principais
causas de morte
As doenças isquêmicas do coração
ocupam o primeiro lugar na causa de mortes, seguido das doenças cerebrovasculares
e do câncer. Entretanto, houve maior aumento no último grupo.
"Verificou-se, no Brasil, aumento nas mortes por câncer de pulmão,
traqueia e brônquios e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) atribuídas à
poluição em ambos os sexos. No entanto, os casos em mulheres para câncer de
pulmão, traqueia e brônquios (37,6%) e DPOC (18,9%) foram maiores que nos
homens (11,4%)", apontou o ministério da Saúde.
Segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), a estimativa é que ocorram anualmente 4,2 milhões de mortes
prematuras atribuídas à poluição do ar ambiente no mundo. Desse total, 91%
ocorrem em países de baixa e média rendas do Pacífico e Sudeste Asiático.
A organização também estima que a
poluição do ar tenha sido responsável, no ano de 2016, por cerca de 58% de
mortes prematuras por doenças cerebrovasculares (DCV) e doenças isquêmica do
coração (DIC); 18% por doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e infecção
respiratória aguda baixa; e 6% por câncer de pulmão, traqueia e brônquios.
Comentário:
É impressionante como mesmo sabendo da importância
da diminuição de gases poluentes na atmosfera, ainda hoje, os índices de
poluição cada vez aumentam.
Não é só o Brasil que está sofrendo com o aumento
da poluição, há vários países que estão em uma situação igual, se não pior que
a nossa. Nesses países em determinados períodos do ano, a população é até
aconselhada a ficar dentro de casa para não adoecerem.
Por muito tempo foi completamente ignorado pelas
pessoas os cuidados que deveriam ser tomados ao utilizarem os gases que
poderiam ser prejudiciais ao planeta e a população, porém, como resultado dessa
ignorância, muitas mortes estão ocorrendo e o planeta fica cada vez mais doente.
Espero que as pessoas comecem a se preocupar mais
com a saúde delas mesmas e do planeta, pois se isso não melhorar, o mundo
estará perdido.