domingo, 16 de junho de 2019

Política-2º bimestre


Bolsonaro diz que decisão do STF sobre homofobia foi completamente equivocada'

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta sexta-feira (14), durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de criminalizar a homofobia e transfobia foi "completamente equivocada".
O STF decidiu nesta quinta-feira (13), por 8 votos a 3, que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais devem ser enquadrados no crime de racismo.
Para o presidente Jair Bolsonaro, ao tipificar a homofobia como racismo, o STF legislou sobre o assunto.
"A decisão do Supremo, com todo o respeito que tenho aos ministros, foi completamente equivocada. Além de estar legislando, está aprofundando a luta de classes cada vez mais. No meu entender, não poderia ter esse tipo de penalidade. A penalidade se você ofender uma pessoa, dar uma facada, dar um tiro só porque é gay, tem que ser agravada a pena dessa pessoa e ponto final", afirmou.
De acordo com Bolsonaro, a decisão do Supremo prejudica os homossexuais. Ele argumentou que um empregador pensará "duas vezes" antes de contratar um homossexual.
"[O empregador pensa] e se der um problema aqui dentro? Ele me acusa disso ou daquilo, o que que vai acontecer, como que fica a minha empresa?", questionou o presidente.
Com a decisão, o Brasil se tornou o 43º país a criminalizar a homofobia, segundo o relatório "Homofobia Patrocinada pelo Estado", elaborado pela Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (Ilga).
"Acho que o que mede a ineficiência de um Estado é a quantidade de lei. Quanto mais leis, pior é aquele Estado. E está transformando insuportável a nossa convivência no Brasil dada essas decisões, com todo respeito, que o Supremo Tribunal Federal tomou no dia de ontem", afirmou Bolsonaro.
Ministro evangélico
Bolsonaro voltou a falar que quer indicar um ministro evangélico para o STF. "Em especial depois da decisão de ontem", declarou o presidente.
No final de maio, em convenção nacional das Assembleias de Deus, em Goiânia, Bolsonaro já havia sugerido a ideia ao comentar o início do julgamento do tema no Supremo.
"Com todo respeito ao Supremo Tribunal Federal, eu pergunto: existe algum, entre os 11 ministros do Supremo, evangélico? Cristão assumido? Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça com religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. E respeitamos, um tem que respeitar o outro. Será que não está na hora de termos um ministro no Supremo Tribunal Federal evangélico?", disse Bolsonaro na ocasião.
Segundo o presidente, se o STF tivesse um ministro evangélico, ele pediria vista e sentaria em cima de um caso como este.
Acho completamente equivocado o que o Supremo fez ontem aqui, por isso que falo do evangélico. O que é natural, poderia acontecer lá? O cara pede vista ao processo e senta em cima dele. Tem que ter um equilíbrio lá dentro. Não é misturar política com a Justiça ou religião", explicou.

Comentário:
Como vemos nessa reportagem o presidente afirma que a pena para um crime homofóbico ou LGBTfóbico  deveria ser a mesma ao de uma pessoa que cometeu um crime com uma pessoa qualquer, porém, isso é contraditório, pois a vítima de homofobia e LGBTfobia sofreu daquilo simplesmente por conta da sua orientação sexual,  diferente de crimes convencionais.
Eu sinceramente não vejo nenhum problema em ter um ministro evangélico no STF, mas a pessoa que ocupará esse cargo, não pode entrar lá por ser evangélico, eu acho extremamente importante que o político saiba diferenciar a religião da política.
Fiquei extremamente feliz com a introdução desse crime de ódio na lei do racismo, pois dá uma certa visualização  sobre a causa.
Espero que com a ajuda da justiça os crimes homofóbicos+ diminuam, e que as pessoas aprendam a amar o outro pelo o que eles são.



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