Tatuagem: 1 em cada 5 pessoas pega
infecção
após procedimento
Fazer uma tatuagem é
o desejo de muitas pessoas. Colocar piercing também. No
entanto, os dois procedimentos podem trazer riscos à saúde: uma em cada cinco
pessoas que faz tatuagem ou coloca piercing pegam alguma infecção, como
hepatite e sífilis, depois de fazê-los. Além disso, sintomas como inchaço e
queimação são frequentes.
O relatório, publicado pela Sociedade Real de Saúde Pública do
Reino Unido (RSPCH, na sigla em inglês) ainda alertou que clínicas de
acupuntura e estética oferecem riscos semelhantes. Para a entidade,
a ameaça à saúde existe porque muitos estabelecimentos não têm treinamento
profissional para oferecer os serviços com segurança, além de não
realizarem a higienização adequada dos materiais.
Segundo o documento, esse é um
dos motivos pelos quais um adolescente britânico precisou remover parte da
orelha depois de colocar um piercing que infectou logo em seguida. “A
popularidade crescente de tatuagens, piercings e procedimentos cosméticos é
parte integrante das pessoas que escolhem expressar sua identidade
individual. No entanto, a legislação e regulamentação desses serviços não
é adequada. Isso é preocupante porque as pessoas correm risco real de
septicemia [infecção generalizada] e outras complicações”, alertou Shirley
Cramer, da RSPH, ao The Telegraph.
Por causa disso, os especialistas
pedem maior vigilância sobre os estabelecimentos para que sejam abertos
apenas por indivíduos qualificados capazes de explicar aos clientes os
riscos envolvidos em realizar os procedimentos.
Risco de infecção
O relatório apontou que cerca
de 18% das pessoas que fizeram tatuagem, perfurações cosméticas,
acupuntura ou eletrólise depilatória nos últimos cinco anos apresentaram
efeitos colaterais. Enquanto isso, uma em cada 10 podem ter problemas que
necessitam de atendimento médico, incluindo infecções, como hepatite,
tuberculose, sífilis e HIV, que podem ser provocadas por
microrganismos que vivem na pele e entram na corrente sanguínea quando o
equipamento perfura o corpo ou por meio de agulhas sem higienização
adequada.
Os especialistas ainda destacaram
que a compra de equipamentos para oferecer esses serviços são facilitadas,
podendo ser feita até mesmo pela internet, o que permite o acesso mesmo por
quem não tem treinamento ou as qualificações necessárias. Diante disso,
a instituição autora do relatório orienta os fornecedores a venderem
materiais somente para aqueles que fornecem provas de que tem licença para
atuar na área.
“Fazer uma tatuagem ou piercing pode parecer legal, mas acabar com
hepatite ou septicemia certamente não é. Todas as organizações envolvidas
precisam levar a sério suas responsabilidades, especialmente quando se trata de
jovens. As exigências precisam ser mais altas”, disse Stephen Powis, do Serviço
Nacional de Saúde do Reino Unido, à BBC.
Comentário:
Há pouco tempo atrás à tatuagem era
uma coisa que a sociedade discriminava por ser diferente, hoje em dia por mais
que muitas pessoas (normalmente os mais velhos) ainda tenham uma visão
preconceituosa, essa imagem ruim para a tatuagem está desaparecendo,
principalmente entre os jovens.
Essa mudança de percepção que tem
ocorrido é devido ao fato de que cada vez mais, os jovens querem se expressar e
mostrar ao mundo quem são e usam a tatuagem como um recurso para fazer tal
coisa, porém, a tatuagem é um procedimento que se não for feito certo, pode
prejudicar e muito o corpo de uma pessoa.
Quando a pessoa vai fazer a tatuagem
ela tem que ter completa certeza de que o tatuador usa os materiais necessários
e higienizados de forma correta, afinal de contas é algo que entra dento do seu
corpo, por isso, sempre antes de fazer uma tatuagem as pessoas têm que se
certificar de que tudo está em seu devido lugar.
Eu mesma sou apaixonada por tatuagem
e acho uma forma muito bonita de expressar quem eu sou através da Arte!
Espero fazer muitas tatuagens na
minha vida, claro, que sempre tomando cuidado se o profissional é alguém
confiável e que cuida de seus equipamentos!