segunda-feira, 2 de julho de 2018

Política – 2º bimestre


'Aqui no Brasil, não existe racismo', afirma Jair Bolsonaro em viagem ao Ceará.

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), pré-candidato à Presidência da República nas eleições deste ano, afirmou, com todas as letras, que não existe racismo no Brasil. A declaração do parlamentar foi dada em evento em Fortaleza, nessa quinta-feira.
"Aqui no Brasil, não existe isso de racismo, tanto é que meu sogro é Paulo Negão e, quando eu vi a filha dele, não queria saber quem era o pai dela”, afirmou Bolsonaro. O deputado se dirigia a uma plateia de cerca de 15 mil pessoas, quando disse que não existe racismo no País, em um hotel na praia de Iracema.
A viagem do deputado foi marcada ainda por críticas ao programa Mais Médicos, do Governo Federal, que, segundo ele, seria uma alternativa para Cuba exportar ao Brasil guerrilheiros “fantasiados de médicos”. 
Diz que não existe racismo, mas é acusado do crime
Ainda ontem, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, encaminhou um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que rebate as alegações da defesa do deputado declarações feitas em abril do ano passado contra indígenas, refugiados e quilombolas .
Segundo a procuradora-geral, a denúncia contra o pré-candidato às eleições de 2018 deve ser aceita pelo STF - ao contrário do que diz a defesa, que argumenta ser "apenas opinião política". 
O parecer de Dodge aponta que o discurso do deputado, mesmo no contexto pretensamente jocoso que ele busca empregar e defender, "ultrapassam a liberdade de pensamento e transbordam para o conteúdo discriminatório e preconceituoso dos grupos aos quais ofende".
Assim, a procuradora-geral defende que a denúncia contra Bolsonaro  é válida, uma vez que se adequa aos núcleos contidos no Artigo 20 da Lei nº 7.716/1989, como “praticar”, “induzir” e “incitar” a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Ou seja, embora Jair Bolsonaro defenda que não existe racismo no País, ele é justamente réu em uma denúncia por esse crime.
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2018-06-29/nao-existe-racismo-bolsonaro.html
Comentário:

Enquanto lia a reportagem eu não sabia se ria ou se chorava. Esse deputado alega não existir racismo, mas ele mesmo está sendo acusado de tal crime.
Eu não sei em que mundo ele vive, para dizer uma atrocidade dessas. Acho que ele não lê jornal, vê televisão, entra na internet, pois em todo momento tem alguma reportagem falando de racismo. O pior de tudo é que ele fala que não existe mas, comete o mesmo crime. Eu não entendo.
Já vi algumas reportagens mostrando esse político sendo racista e machista. Falando cada coisa absurda... Como pode falar uma coisa dessas?
Quando ele falou isso tinham aproximadamente 15 mil pessoas ouvindo o que ele falava e essas pessoas no futuro provavelmente vão votar nesse cara, pois acreditam no que ele fala.
O Brasil a cada dia que passa me impressiona mais. Eu não consigo entender o que leva um político a falar esse tipo de coisa e induzir pessoas a terem esse pensamento.
A todo momento vemos que os negros passam por situações difíceis no Brasil por causa do racismo. Infelizmente o racismo existe!  Acho que melhorou. Estamos lutando mais contra as injustiças, mas ainda existe.

Deputado federal Jair Bolsonaro disse que não existe racismo no Brasil, em um hotel na praia de Iracema

Mundo-2º bimestre



Vídeos machistas de torcedores na Rússia se espalham
pela web e causam revolta
Atitudes machistas de torcedores na Copa do Mundo da Rússia vêm gerando polêmica com a divulgação de vídeos em que mulheres são constrangidas ao repetirem, sem saber, palavras ofensivas em idiomas que não conhecem.
O caso que gerou maior repercussão no país envolve um grupo de brasileiros que, sob o pretexto de ensinar cantos de torcida, fez com que uma jovem repetisse palavras que remetem ao órgão sexual feminino. Sem entender ou perceber que é alvo de uma brincadeira de mau gosto, ela sorri e repete animada.
Dois dos integrantes do grupo que aparece no vídeo já tiveram seus nomes revelados (veja abaixo) e o vídeo provocou indignação inclusive entre celebridades.
Pessoas como as cantoras Ivete Sangalo e Daniela Mercury lamentaram o que chamaram de “papelão machista” e “abuso moral” em posts no Twitter. As críticas foram apoiadas por Fafá de Belém, Alok, Mariana Rios e Zezé di Camargo, entre outros.
A atriz Monica Iozzi se disse “constrangida por ver meu país sendo representado mundo afora por este tipo de gente. Indignada ao ver mais uma mulher sendo tratada com tamanho escárnio e desrespeito”, e comentários parecidos foram feitos por Fernanda Lima, Sophia Abrahão e Bruna Marquezine.
https://g1.globo.com/mundo/noticia/videos-machistas-de-torcedores-na-russia-se-espalham-pela-web-e-causam-revolta.ghtml
Comentário:

Eu já tinha conhecimento desse vídeo e desde o primeiro momento eu já fiquei muito horrorizada com a atitude desses brasileiros.
Em um único vídeo esse grupos de brasileiros foram machistas, xenofóbicos e desrespeitosos.
A garota que pensava estar em uma brincadeira super legal e inocente com pessoas de outros países, na verdade, estava envolvida com homens idiotas que pensam que ridiculizar o órgão reprodutor feminino, com uma pessoa que não entende o que ela está fazendo é legal, mas na verdade é nojento.
Muitas pessoas estão falando que isso é besteira, que estão exagerando, mas na verdade, não é exagero, pois isso chegou a esse ponto, porque sempre foi “normal” fazer essas “brincadeiras” com as mulheres.
Que bom que hoje estamos gritando e não aceitando essas coisas!

Resultado de imagem para homens fazem brincadeira com russa na copa


Ética e cidadania-2º bimetre


Equipe da PUC-Rio é punida após denúncias de racismo em jogos jurídicos
A Liga Jurídica Estadual do Rio de Janeiro puniu a Atlética de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio) depois de denúncias de racismo envolvendo alunos da faculdade de direito durante os Jogos Jurídicos Estaduais de 2018 ,em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. A polícia investiga o caso.

Os episódios

Segundo a liga, foram três os episódios denunciados envolvendo alunos que fariam parte da torcida da Pontifícia Universidade Católica do Rio.

No sábado (2), depois da partida futebol entre PUC-Rio e UCP, uma integrante da torcida da PUC teria jogado uma casca de banana na direção de um atleta negro da UCP.

No domingo (3), após a final do basquete masculino entre PUC-Rio e UERJ, integrantes da torcida da PUC-Rio imitaram macacos diante dos torcedores negros da UERJ e, mais tarde, torcedores da PUC-Rio, novamente, teriam chamado uma atleta de handebol da UFF de macaca.

O estudante de Direito da Uerj, Lucas Ferreira, de 22 anos, contou que presenciou o momento em que alunos da PUC teriam imitado macacos para ofender torcedores negros da Uerj e foi um dos que fez a denúncia à atlética da universidade.

"Estava na arquibancada entre as duas torcidas. Durante o jogo, a torcida da Uerj cantou 'PUC racista' mais de uma vez, em função do episódio da banana, no dia anterior. A torcida da PUC se direcionava para a saída, comemorando, quando dois integrantes da delegação começaram a imitar macacos, com gestos de bater no peito e sons de 'uh uh uh'. Aí os denunciei para a atlética da Uerj", disse Lucas.

O G1 conversou também com a aluna de Direito da Uerj Brenda Uzeda, que presenciou um dos atos de racismo praticados por universitários da PUC-Rio. A universitária, que faz parte de outros movimentos como o Coletivo Negro Patrice no Lumumba e da Campanha Jogos Sem Racismo, disse que o clima na delegação “era de morte” após o ato.

“No final da partida, a torcida da PUC se encontrou com a torcida da Uerj na saída e um garoto fez um gesto e barulho de macaco em direção a torcida da UERJ. Os seguranças chegaram e tiraram a torcida da PUC do local. A torcida da Uerj começou a chamar a torcida da PUC de racista”, disse Brenda.

“Eu me senti constrangida, o clima da minha torcida era de morte, não tinha uma pessoa que não tivesse chorando. Fomos explicitamente atingidos. Para mim, não foi novidade. A PUC-Rio demonstrou nos Jogos Jurídicos um substrato de uma sociedade racista”, afirmou.

Uma aluna do 9º período do curso de direito da Uerj, que preferiu não se identificar, vai aos jogos desde 2013 e disse que houve uma melhora significativa nos cantos de torcida da PUC. A estudante, que fez um período do curso na universidade católica antes de ingressar na Uerj, também contou que se sentia incomodada com os cantos preconceituosos.

"A torcida da PUC melhorou muito. Até 2014, a PUC cantava músicas surrealmente racistas, eu me sentia muito desconfortável. Sendo que a atlética de direito da UERJ era chamada de Congo, navio negreiro, justamente porque foi a primeira a ter cotas e, consequentemente, mais pessoas negras na universidade. Foi assim que a torcida resolveu abraçar o termo e se autointitular assim mesmo", contou a estudante de Direito, de 23 anos.

Punições

Segundo a Liga Jurídica Estadual, a PUC do Rio foi punida com a perda de pontos e acabou o perdendo o título de campeã da competição neste ano e a atlética da universidade não poderá participar dos Jogos Jurídicos Estaduais do Rio de Janeiro em 2019.

As investigações estão a cargo da 105ª Delegacia de Polícia, que busca informações que possam levar os agentes aos suspeitos de envolvimento nos casos de injúria racial.

Nas redes sociais, universidades fundadoras da Liga, responsável pelos Jogos Jurídicos Estaduais do Rio de Janeiro, publicaram uma nota da organização de repúdio aos casos de racismo e enumerando as punições aplicadas à PUC do Rio.

Nota de repúdio da Liga Jurídica Estadual e com as punições aplicadas à Puc do Rio

O movimento Jogos Sem Racismo, formado por estudantes negros de universidades do Rio, publicou uma nota na rede social, explicando os casos, repudiando as ações e cobrando medidas da LJE, que acatou as demandas do movimento com as punições à PUC do Rio.
https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/equipe-da-puc-e-punida-apos-denuncias-de-racismo-em-jogos-juridicos.ghtml
Comentário:



Ao ler esta reportagem fiquei muito impressionada com o ocorrido, pois o crime foi cometido por jovens que estão fazendo faculdade de Direito! Como assim? Como estudantes de Direito tem esse pensamento preconceituoso?

Se meu avô falasse esse tipo de coisa, por mais que eu ache um absurdo, eu entenderia pelo simples fato de ele ter vivido em uma época diferente da nossa e ter crescido aprendendo esse tipo de coisa, porém, estamos no século XXI, como pode ainda existir isso? Isso deve acabar!

Esses universitários serão o futuro da advocacia do Brasil!  Como seres humanos que descriminam outros seres humanos pela cor, poderão ser juízes um dia?!

Como meu irmão estuda na PUC, ele me contou que outros alunos da universidade colaram papéis contra o racismo pelo prédio da faculdade de Direito e os estudantes de direito amassaram os papéis e jogaram no chão, mostrando não ter nenhum arrependimento, ou até mesmo, respeito.

Acho uma vergonha o que aconteceu. Eu não aceito e nem nunca vou aceitar o racismo, pois acredito, e eu estou certa, que uma pessoa não pode ser humilhada, reduzida ou até agredida por ser negra, pois eu aposto que essas pessoas que sofreram a vida toda por serem negras, tem um caráter MUITO melhor do que de todas as pessoas que foram racistas.