Tiroteio em escola em Maryland, nos EUA,
deixa estudantes feridos e atirador morto.
Um tiroteio em uma escola de
Maryland, nos Estados Unidos, deixou um morto e dois feridos nesta terça-feira
(20). O autor dos disparos, um aluno, foi ferido em uma troca de tiros com um
segurança da escola e morreu. Ele chegou a ser levado a um hospital, mas não
resistiu aos ferimentos.
Os outros feridos também são alunos
da escola, um menino e uma menina, com a qual o atirador teve um
relacionamento. Os dois foram levados para o hospital em estado grave.
"Um único atirador abriu fogo
contra uma mulher logo no início das aulas esta manhã", informou Tim
Cameron, indicando que o agressor confrontou logo em seguida um agente de
segurança da escola.
Cameron disse que a estudante
atacada, de 16 anos, se encontrava em estado crítico. O outro ferido, de 14,
"se encontra em estado crítico, mas estável”.
Tiroteio em escola deixa feridos em
Maryland, nos Estados Unidos
"Temos informações sobre um
relacionamento anterior entre o jovem que efetuou os disparos e a jovem que
ficou ferida", afirmou o xerife.
A escola Great Mills High School, que
recebe alunos do ensino médio, foi isolada. Imediatamente, um oficial de
segurança perseguiu o autor dos disparos e os dois efetuaram uma troca de
tiros, na qual o atacante ficou gravemente ferido. O segurança saiu ileso, segundo
a Polícia.
Imagens aéreas exibidas por emissoras
de televisão mostraram vários automóveis da polícia em todos os acessos do
complexo educacional, que tem 1.600 alunos, com idades entre 14 e 18 anos.
Agentes da Divisão de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF, na sigla
em inglês) foram mobilizados para ajudar na investigação.
Policiais conduzem alunos da Great
Mills High School para outro local após tiroteio (Foto: AP Photo/Alex Brandon )
Os alunos foram levados de ônibus
para um outro estabelecimento escolar para serem recuperados pelos pais. O
xerife do condado de Mary's fez um apelo para que os pais não fossem até a
escola, mas se concentrassem no colégio próximo, para onde foram levados 1.600
alunos.
Em 14 de fevereiro, um ex-aluno
fortemente armado invadiu a escola Stoneman Douglas High School, em Parkland, e
matou 17 alunos,
deixando ainda vários feridos.
'Tudo
aconteceu muito rápido'
Um estudante do colégio, identificado
como Jonathan Freese, disse por telefone à CNN que "tudo aconteceu muito
rápido, pouco depois do início das aulas".
"A polícia chegou e respondeu
rapidamente. Muitos agentes chegaram, e a polícia está percorrendo as salas de
aula", completou.
Outra estudante, Mollie Davis,
alertou sobre o que estava acontecendo pelo Twitter.
"Agora minha escola é o alvo.
Por que deixamos que isto continue acontecendo? Estou tão, tão cansada. A gente
nunca acha que a nossa escola será a próxima, até que é. Great Mills é uma
ótima escola, que me sinto orgulhosa de frequentar. Por que nós?",
expressou.
Novo
episódio de violência
O incidente desta terça acontece
cinco semanas depois que um jovem de 19 anos, armado com um rifle
semiautomático, invadiu um colégio de Parkland, na Flórida. A ação provocou as
mortes de 14 estudantes e três adultos.
Este massacre provocou uma grande
onda de indignação nos Estados Unidos contra as leis que permitem o acesso
facilitado a armas de grande calibre. Foi o pior em um estabelecimento escolar
nos Estados Unidos desde o massacre de Sandy Hook, que deixou 26 mortos no
final de 2012.
Estudantes de todo país pretendem
organizar uma manifestação em 24 de março para exigir a aprovação de medidas
mais rígidas para a compra de armas.
https://g1.globo.com/mundo/noticia/policia-recebe-relato-de-tiroteio-em-escola-em-maryland-nos-ua.ghtml
Comentário:
Os
Estados Unidos possuem o maior número de mortes por armas de fogo comparado a qualquer
outro país considerado desenvolvido. Isso provavelmente acontece, porque a lei
permite o porte de armas, para qualquer maior de idade, sem muitas restrições.
Na prática, qualquer um pode ter uma arma.
Muitas
dessas crianças ou adolescentes que executam outras crianças e adolescentes,
sempre tiveram contato com armas, pois, seus pais possuem uma em casa. Além
disso, claro, são crianças e adolescentes com algum tipo de problema
psiquiátrico ou emocional e seus pais não perceberam ou não conseguiram
ajudá-los a tempo de evitar uma tragédia dessas.
Acredito
realmente que os pais podem não perceber que seus filhos não estão bem, mas
também acredito que muitos, deixam para lá e não acreditam que uma coisa dessas
possa acontecer com seus filhos.
Uma
coisa que eu percebi nessa reportagem é que, as pessoas que estão perto de você,
podem ser pessoas com problemas, com distúrbios graves, então temos que tomar
cuidado.
Infelizmente
nos Estados Unidos isso acontece com muita frequência. Uma forma de combater
esses atentados poderia ser restringindo a venda de armas de fogo, além de
educar os pais portadores de armas.