quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Cultura-4º bimestre

Festival do Rio 2018, que começa nesta quinta, quase não aconteceu, diz diretora

RIO — Por pouco o 20º Festival do Rio não acontece. Originalmente previsto para outubro, ele começa nesta quinta-feira, com sessão de “Viúvas”, de Steve McQueen, no Odeon, e é encerrado dia 11 com “O Grande Circo Místico”, de Cacá Diegues, o representante brasileiro na corrida para o Oscar. Alvo de especulação, o adiamento foi provocado por falta de patrocinadores. Foi necessário mais tempo para se ajustar ao orçamento reduzido.
— Houve momentos em tive vontade de jogar a toalha — admite Ilda Santiago, diretora do evento. — Teve gente que sugeriu fazer um festival com poucos filmes ou só com uma mostra, mas isso não é o nosso perfil.
Serão cerca de 200 títulos de 60 países exibidos em 20 locais da cidade, durante 11 dias — uma redução em relação aos 250 filmes da edição anterior. Mas Ilda acredita que a experiência não muda para os espectadores ( veja a programação completa no site ). É que os cortes ocorreram nos bastidores, ela diz.
Há, por exemplo, menos convidados internacionais. Graças ao apoio de consulados e produtores, nomes de destaque ainda estão presentes, como o francês Olivier Assayas, que vem apresentar “Vidas duplas”, seu longa que tem Juliette Binoche no elenco. Festas para convidados ficaram de fora. Além disso, mostras especiais foram canceladas. Passagens e hospedagens para equipes dos filmes, limitadas.
A edição passada foi a primeira sem o apoio da Prefeitura. Este ano não é diferente.
— No caso da Première Brasil, vitrine do cinema nacional, não cortamos o número de filmes. A ideia era não penalizar o público de maneira alguma — diz Ilda.
Ao todo, são 84 obras brasileiras (ou coproduções) na programação: 64 longas e 20 curtas, entre ficções e documentários. “Inferninho”, de Pedro Diogenes e Guto Parente, é uma pérola nesse caldeirão. Com pegada surreal, os cineastas retratam o romance entre a dona de um bar e um marinheiro enquanto o estabelecimento tenta resistir à especulação imobiliária. O filme, de baixo orçamento, causou burburinho em Roterdã e Brasília.
Uma novidade desta edição são quatro clássicos nacionais em versão restaurada: “Central do Brasil” (1998), de Walter Salles; “Pixote: a lei do mais fraco” (1981), de Hector Babenco; e “Rio 40 graus” (1955) e “Rio Zona Norte” (1957), ambos de Nelson Pereira dos Santos, morto em abril deste ano.
A mudança de data, no entanto, tornou inevitável a presença de longas não inéditos na Première Brasil, uma das seções mais concorridas. Em competição, as ficções “Domingo”, de Clara Linhart e Fellipe Barbosa; “Tinta bruta”, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher (prêmio Teddy em Berlim); e “A sombra do pai”, de Gabriela Amaral Almeida, já foram projetados em Brasília ou na Mostra de São Paulo.
— Quase todos os realizadores demonstraram preocupação com a possibilidade de ter suas obras excluídas do Festival do Rio por terem passado em outros eventos, mas fizemos a seleção sem dar tanto peso à trajetória dos filmes. O mais importante era apresentar uma programação diversa, característica que nos define — defende Ilda.
https://oglobo.globo.com/cultura/filmes/festival-do-rio-2018-que-comeca-nesta-quinta-quase-nao-aconteceu-diz-diretora-23199777

Comentário:

   Quando vejo uma reportagem como essa penso logo que isso está acontecendo com tudo no Rio de Janeiro. Temos problemas na Saúde, na Educação, lógico que teríamos problema com a Cultura do Estado!
  Ainda bem que tem pessoas que se dedicam e amam o que fazem e brigam para as coisas aconteçam. Muito interessante à determinação da diretora do evento, pois mesmo  sendo muito difícil, ela queria que ele não perdesse a qualidade. Ela se preocupou com cada filme, para manter a reputação de um festival tão importante para o Rio.
            Acho interessante que tenha eventos como esse, pois ele além de mostrar filmes internacionais, dão bastante importância para os filmes nacionais, e isso é extremamente importante para a cultura do Brasil.
Espero que esse não seja o último e nem o único festival. Que no futuro seja muito mais fácil conseguir patrocinadores e pessoas dedicadas a trazer mais cultura para o carioca.
'A casa que Jack construiu', de Lars Von Trier, um dos destaques do 20º Festival do Rio Foto: Divulgação




Mundo-4º bimestre


China inaugura maior ponte marítima do mundo
A maior ponte marítima do mundo, que liga as cidades de Hong Kong e Macau a Zhuhai, na China continental, será inaugurada nesta terça-feira (23) com dois anos de atraso e envolta em escândalos relacionados aos altos custos e fins políticos do projeto.
A megaobra de 55 quilômetros de extensão, que compreende trechos de estrada, três pontes, ilhas artificiais e um túnel subaquático, faz parte de um ambicioso projeto para integrar economicamente 11 cidades no delta do Rio das Pérolas, incluindo as regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau.
Em construção desde 2009 e planejada para ser inaugurada em 2016, a ponte será aberta ao público nesta quarta-feira, no dia seguinte a uma cerimônia com a presença do presidente Xi Xinping e outras autoridades.
As três pontes da estrutura são capazes de suportar ventos de até 340 quilômetros por hora. Um túnel de 6,7 quilômetros de extensão, conectado às pontes por duas ilhas artificiais, foi construído para que não houvesse interferência nas rotas do comércio marítimo.
Apesar de ser um feito inédito de engenharia que levou quase uma década para ser concluído, a ponte é vista com indiferença por muitos em Hong Kong, não apenas em razão dos atrasos e do superfaturamento da obra, mas por ser um símbolo de integração à China continental numa cidade onde muitos preferem a autonomia.
Após 150 anos como colônia britânica, Hong Kong se vê como politica e culturalmente distante da China continental. Com o retorno da soberania chinesa sobre a região, muitos avaliam que, na última década, houve uma redução das liberdades legais e políticas.
Opositores afirmam que a ponte é um entre vários megaprojetos iniciados pelo governo de Hong Kong para reaproximar a região autônoma e a China, que incluiriam trens de alta velocidade entre Ghangzhou e Shenzhen, na parte continental, e um museu-satélite do Museu do Palácio de Pequim, onde estão expostos artefatos da China imperial.
Os custos da construção, que chegaram a 6,4 bilhões de euros, também são alvos de críticas. Hong Kong terá de arcar com o equivalente a cerca de 1 bilhão de euros pela ponte principal, além de outros bilhões referentes aos custos das estradas de ligação e instalações de fronteira.
O Departamento de Transportes de Habitação de Hong Kong afirmou que os altos custos se justificam em razão de problemas imprevisíveis provenientes de "condições complicadas para a construção em alto mar, dificuldades de construção, aumento no custo dos materiais e mão de obra, além dos refinados esquemas de construção e design".
Muitos, porém, entendem que é um custo alto demais para uma ponte que não será totalmente aberta ao público. Para atravessá-la será exigida uma habilitação especial, de acordo com a seção a ser utilizada, e muitos terão de utilizar serviços de ônibus para ir a Macau ou à China continental.
Desde o início do megaprojeto, nove trabalhadores morreram e mais de 200 ficaram feridos. Seis empresas contratadas foram multadas por colocar os trabalhadores em risco. 

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/10/22/china-inaugura-maior-ponte-maritima-do-mundo.ghtml

Comentário:
A China concentra a maior população do mundo, então por mais que seja totalmente desigual ela tem grande infraestrutura dentro do país. Podemos ver isso pela construção dessa ponte, por exemplo.
A ponte é uma das maiores pontes do mundo, sendo que a maior também é da China. Em minha opinião ter uma ponte tão eficiente no país é extremamente importante, pois , a mobilidade entre as pessoas será bem mais rápida e não prejudicará as transições  marinhas.
Por mais que tenha atrasado 2 anos e tenha se mantido em polêmicas políticas, a ponte durou apenas 9 anos para ser concluída, isso até parece muito, mas eu tenho certeza que se fosse no Brasil demoraria muito mais.
Além disso, temos que pensar na tecnologia usada para a construção de uma ponte assim. Os chineses estão sempre inovando e se superando.  

Megaobra de 55 quilômetros de extensão inclui trechos de estradas, três pontes, ilhas artificiais e túnel subaquático — Foto: AP Photo/Kin Cheung


Te Contei - 4º bimestre


Brasil conquista quatro ouros e uma prata em olimpíada latino-americana de astronomia
Jovens estudantes que representavam o Brasil ganharam quatro medalhas de ouro e uma de prata na 10ª Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), realizada entre 10 e 20 de outubro, em Ayolas, no Paraguai.
As medalhas de ouro foram conquistadas pelos estudantes: Caio Nascimento Balreira, Katarine Emanuela Klitzke, Vinícius Rodrigues de Freitas, e Luã de Souza Santos. A medalha de prata ficou com Gabriel Gandra. No quadro geral de medalhas, a delegação brasileira ficou em primeiro lugar.
Com este resultado nas 10 olimpíadas, o Brasil conquistou ao todo 30 medalhas de ouro, 16 de prata e 4 de bronze, se tornando o maior medalhista da história da competição.
A olimpíada latino-americana é a única modalidade internacional a realizar provas em que alunos de diferentes países são avaliados também em grupos multinacionais. Além disso, é a única olimpíada que obriga que os grupos sejam de ambos os gêneros. Em 2019, a OLAA será no México.

Desafios da competição

As provas da olimpíada foram divididas em parte teórica, que mescla as delegações, prática e de reconhecimento do céu, que envolve o manuseio de um telescópio. Em uma das provas, os estudantes tem que construir foguetes de garrafas PET impulsionados a água pressurizada, o foguete que voar mais longe ganha.

Delegação brasileira

Os jovens brasileiros foram selecionados dentre mais de 700 mil alunos do ensino fundamental e médio que participaram da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astrofísica (OBA).
Para competir, é preciso obrigatoriamente ter uma boa pontuação na OBA para, em seguida, participar de provas seletivas online. Depois, se classificado, o estudante faz um exame presencial.
Aqueles que forem escolhidos passam por treinamentos com astrônomos e especialistas, na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo, junto ao Observatório Astronômico Abraão de Morais, da USP. Eles aprenderem a usar telescópios e também a construir e lançar foguetes de garrafas PET.

https://g1.globo.com/educacao/noticia/2018/10/23/brasil-conquista-quatro-ouros-e-uma-prata-em-olimpiada-latino-americana-de-astronomia.ghtml

Comentário:
Muito legal vermos que no Brasil tem jovens tão inteligentes que conseguem essas conquistas incríveis por mérito próprio e conseguem representar o Brasil tão bem.
Fico orgulhosa desses jovens que conseguiram levar o Brasil para o melhor do ranking de medalhas dos países. Eles provavelmente se esforçaram muito para conseguir, principalmente no país em que vivemos, onde a educação é tão precária.
Vivemos num país onde os professores não são valorizados, onde o governo não se preocupa com a escola e mesmo assim temos sempre professores lutando por uma escola de qualidade e estudante mostrando que vale a pena sonhar.
Espero que eles consigam nos orgulhar ainda mais e melhorar o futuro do país, além de fazerem com que os outros países vejam o potencial do Brasil, mostrando que nós podemos sim, ser extremamentes capacitados e inteligentes.
Parabéns a todos os envolvidos e continuem assim!
Caio Nascimento, Katarine Klitzke, Luã Souza, Vinicius Rodrigues e Gabriel Gandra conquistam medalhas em competição de Astronomia e Astronáutica  — Foto: Júlio Klafke/Divulgação


Política-4º bimestre


Senador preso volta a trabalhar no Congresso após autorização do Supremo
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) voltou a trabalhar nesta segunda-feira (29) no Congresso Nacional após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
Condenado a 4 anos 6 meses de prisão por crimes contra o sistema financeiro, Acir Gurgacz cumpre pena no presídio da Papuda, em Brasília, em regime semiaberto.
Nesta segunda-feira, o senador chegou antes das 9h ao gabinete, onde ficou até se dirigir ao plenário, por volta das 14h30. Sem fazer discurso, Gurgacz foi direto ao café destinado aos senadores.

Trabalho durante o dia 

A autorização para o senador trabalhar durante o dia no Congresso foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, na semana passada. 

Conforme as regras estipuladas pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, o senador poderá deixar a cadeia em dias úteis às 8h e deverá retornar às 19h30.

Nos dias em que as sessões se estenderem para o período noturno, poderá permanecer no Senado, mas deverá comprovar ao presídio por meio de uma certidão emitida pelo Senado e terá uma hora após o fim da sessão para retornar à cadeia.

Entenda o caso

Segundo o Ministério Público, em 2002, quando era diretor de uma empresa de ônibus no Amazonas e em Rondônia, Acir Gurgacz pediu financiamento de R$ 1,5 milhão ao Banco da Amazônia (Basa).
O MP diz que, na operação, houve fraude por parte do senador para obter o empréstimo, além de uso irregular do dinheiro para comprar combustível.
Quando Acir Gurgacz foi condenado, a assessoria de imprensa dele divulgou uma nota na qual afirmou que o senador considerava injusta a decisão e lembrava que o empréstimo foi feito quando "Acir estava afastado das atividades administrativas da empresa, não ocupava nenhum cargo público e assinou o contrato apenas como avalista".

https://g1.globo.com/politica/noticia/2018/10/29/senador-preso-volta-a-trabalhar-no-congresso-apos-autorizacao-do-supremo.ghtml

Comentário:
   Acho que é só no Brasil que acontece esse absurdo de um senador preso, acusado de fraude, voltar a trabalhar durante o dia e voltar para a prisão fora do expediente. Como é possível que deixem um ladrão continuar trabalhando enquanto está na prisão?!
   Sinceramente o sistema presidiário no Brasil não passa de uma piada. A liberação para cumprir os anos de prisão em regime semiaberto a um ladrão político com certeza não vai fazer esse homem voltar a ser honesto. Ele continuará roubando o povo e descumprindo a lei, pois ele pensa que se alguma coisa acontecer e só ele “mexer os pauzinhos” que tudo vai ficar bem.
Sério, isso é entristecedor. E eu espero que a política melhore, pois do jeito que está o Brasil ficará um caos.  
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) — Foto: TV Globo/Reprodução