quinta-feira, 29 de junho de 2017

Ética e Cidadania – 2º Bimestre



Jovem que sofreu preconceito racial pede que o mundo seja mais tolerante

Domingo, dia 20 de novembro é comemorado o Dia da Consciência Negra. A data é em homenagem ao escravo que liderou o Quilombo dos Palmares, o famoso Zumbi dos Palmares. Zumbi representava a luta dos negros contra a escravidão que sofriam no Brasil até o ano de 1888 quando foi abolida pela Lei Áurea. A técnica em meio ambiente Marlena Soares, que se reconhece como cafuza (mistura de índio com negro) viveu na pele experiências de desrespeito às pessoas negras.

A jovem Marlena Soares, 28 anos, que nasceu na comunidade do Irateua, próximo ao município de Juruti, no oeste do Pará; Conta que já sofreu na pele o peso das maldades cometidas por pessoas preconceituosas. Desde criança que a jovem lida com esse tipo de questão.

Após 128 anos do fim do período escravocrata no país, muitos negros ainda sofrem com racismo, preconceito e demais formas de discriminação referentes a cor da pele.  No Brasil, segundo o Código Penal brasileiro é crime ofender a honra de um indivíduo valendo-se de elementos referentes á raça, cor, religião, etnia ou origem. Previsto na Lei nº 7.716/1989 e é chamado de Injúria Racial

“A grande interrogação da minha vida foi com certeza o meu cabelo, chegava a conversar com Deus querendo saber o porquê deu ter cabelo pixaim, sendo que todas as minhas irmãs têm cabelos lisos. Muita gente dizia que meu cabelo era feio, me chamavam de tudo na escola, sofria o bullying. Pra acabar com essa perseguição mandei alisar. Pronto, acabou com essa história de que meu cabelo era horrível agora é liso e dentro dos padrões de beleza”, relembra Marlena.

Um colega passou a mão na minha bunda, quando fui reclamar com a diretora ela simplesmente ignorou e ainda disse "olha pra tua cor".

Marlena Soares

Cabelo liso ou afro, dos males esse era o menor, na escola as coisas seguiram de mal a pior. Um episódio marcou a vida de Marlena, que cursava o ensino fundamental uma escola na comunidade onde nasceu e se criou. “Meus colegas de aula, eles não queriam fazer trabalho de aula comigo, sempre sobrava. Certa vez um colega passou a mão na minha bunda, quando fui reclamar com a diretora ela simplesmente ignorou e ainda disse "olha pra tua cor". Depois disso eu sempre me questionei porque eu era a única negra da minha família, meus irmãos todos brancos. Tive raiva da minha cor, não queria ser negra e sofrer preconceito por isso”.

Para Marlena Soares, o Dia da Consciência Negra é uma maneira de combater o racismo que ainda persiste no século 21. Também é uma forma demonstrar a importância da população negra para a cultura e desenvolvimento da nação brasileira.“A sociedade precisar acordar! Somos uma única raça, a raça humana!! Eu queria que as pessoas amassem mais, tivessem respeito pelo outro, que sejamos mais tolerantes", destaca.

Seguir em frente, lutar e aderir à causas que valorizem o negro é uma das formas de empoderamento que a jovem escolheu para barrar o racismo. “Superei tudo isso quando outras pessoas me tratam bem, independente de cor, aí eu percebi que preconceito era atitude de algumas pessoas, e que existiam pessoas diferentes, com respeito e amor", conclui.

http://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2016/11/jovem-que-sofreu-preconceito-racial-pede-que-o-mundo-seja-mais-tolerante.html



Comentário:



Eu estou impressionada com a escola desta menina! Como reagiu quando ela falou para a diretora que tinha sofrido assédio e ela simplesmente ignorou e ainda julgou a menina pela cor.

Uma escola deve apoiar o aluno quando ele estiver certo e não julgá-lo. Eu concordo demais com a menina. Por favor, seres humanos, ponham em suas cabeças que não existe raça de cor, só existe uma única raça, a Raça Humana e que cada humano deve se respeitar, cada um do seu jeito, não importando a cor da pele, o tipo de cabelo, como a pessoa se veste, ou sua religião. Todos nós somos iguais e diferentes ao mesmo tempo e, acredite isso é bom, porque os humanos não têm nenhum padrão, a gente quebra qualquer tipo de padrão.

Infelizmente, mesmo depois de tanto tempo, pelo visto, está difícil de entender isso.

Todo ano tem uma invenção nova que vai revoluciona a Ciência, então porque as mentes das pessoas também não mudam? Por favor, estamos em pleno século 21, suas mentes...