Reportagem:
Motorista acusa segurança de xingá-lo de 'macaco' no Salgado Filho
O motorista Paulo Ribeiro Faustino, de 31
anos, registrou queixa na 23ª DP (Méier) contra um segurança que trabalha no
Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. Segundo Paulo, na tarde da última
quarta-feira, ele foi chamado de “macaco” pelo homem quando cobrava
esclarecimentos de uma funcionária da unidade.
— Houve um bate-boca entre eu e a mulher. Ele surgiu e sem que ninguém lhe
dirigisse a palavra e falou para mim: “Cala a boca aí, macaco!”. Fiquei
revoltado e decidi procurar a delegacia — disse o motorista.
A confusão começou quando Paulo viu que sua mãe, a aposentada Maria Lúcia
Ribeiro da Silva, de 65 anos, foi retirada da cadeira de rodas onde estava e
colocada em um banco por uma funcionária. Segundo ele, isso foi feito quando
afastou-se um pouco para ir ao laboratório pegar o resultado dos exames da mãe:
— Ela estava com muita dor no estômago e não conseguia manter-se sentada. Por
isso a coloquei na cadeira de rodas. Quando voltei, a vi toda torta, quase
caindo. Uma atendente mostrou-me a funcionária que havia feito a troca de
cadeiras e eu fui falar com ela.
Paulo negou que tenha sido
agressivo com a mulher.
— Ela disse que outra paciente
precisava da cadeira, por isso a tirou de minha mãe. Reclamei e exigi outra
cadeira. Mas em momento algum fui mal educado — disse Paulo.
Depois de ser xingado, o motorista foi à Sala de Polícia do hospital e depois
seguiu para a delegacia. Segundo ele, naquele momento, o segurança tentou pedir
desculpas:
— Ele viu que a situação estava engrossando para o lado dele. Mas eu não
aceitei. Falei que resolveria meu problema na Justiça.
De acordo com o Setor de Investigações da 23ª DP, foi instaurado um inquérito
para apurar a denúncia de Paulo. Os policiais, porém, frisaram que é necessário
que testemunhas compareçam à delegacia para prestar depoimento. Procurada,
a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde informou que o
funcionário foi afastado do hospital no mesmo dia em que Paulo fez a denúncia.
Ainda de acordo com o órgão, o motorista foi comunicado sobre a medida.
http://eticaecidadania-sm.blogspot.com.br/2009/11/racismo-reportagem-do-jornal-extra-de.html
Quando li a reportagem fique indignada com a falta de respeito com um cidadão.
O fato do Paulo ter pedido com educação para a balconista dar outra
cadeira de rodas a ele, não é motivo para uma pessoa o chamar de macaco.
Outra coisa ruim
dessa história é o Paulo ir falar com a polícia e o segurança com a "cara de
pau" pedir desculpas, só para se livrar da prisão, mas certamente Paulo não
aceitou as desculpas e falou que resolveria seu problema na Justiça, o que é corretíssimo.
Estamos no ano de 2016 e ainda podemos ver que o preconceito existe, por mais que esteja muito escondido, as pessoas ainda são preconceituosas e isso aparece no dia a dia. Negros, gordos, mulheres, homossexuais, ainda sofrem com o preconceito.
Estamos no ano de 2016 e ainda podemos ver que o preconceito existe, por mais que esteja muito escondido, as pessoas ainda são preconceituosas e isso aparece no dia a dia. Negros, gordos, mulheres, homossexuais, ainda sofrem com o preconceito.